Mano Menezes reconhece superioridade do Grêmio e atribui derrota a 'questões táticas'

quinta-feira, 27 de outubro de 2016


 técnico Mano Menezes reconheceu a superioridade do Grêmio sobre o Cruzeiro no primeiro confronto das semifinais da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o time gaúcho não se importou com os mais de 53 mil cruzeirenses presentes no Mineirão e venceu com facilidade por 2 a 0, gols de Luan, no primeiro tempo, e Douglas, na etapa final.

Em entrevista coletiva, Mano destacou apenas os 15 primeiros minutos da Raposa, que tentou exercer pressão sobre o rival. No restante da partida, só deu Grêmio. Na etapa complementar, o treinador cruzeirense até tentou uma modificação ousada – tirou o lateral-direito Lucas e colocou o meia-atacante Alisson –, porém o time ficou descuidado na parte defensiva e perdeu por 2 a 0.

“O jogo não é jogado com uma equipe só. O bom desempenho de um influencia na dificuldade da outro. Mas o Grêmio foi bem superior ao Cruzeiro. Nós iniciamos bem, com pressão, tentando impor o ritmo, como todo time da casa quer fazer. Mas, a partir de 15 minutos, o Grêmio assumiu o controle do jogo e o Cruzeiro não conseguiu fazer mais nada no primeiro tempo. O lance do gol foi assim: o Grêmio ficou tocando a bola pra lá e pra cá, tentamos fechar o canto, mas deixamos eles saírem. Aí a bola caiu no pé do Luan, que tem capacidade diferenciada, e ele fez um golaço. Mas as questões do primeiro tempo foram táticas, e não dos atletas. Quando propusemos uma alteração tática no segundo tempo, uma linha de três mais arriscada, tiramos essa liberdade, colocamos o adversário para trás, mas não podíamos tomar o segundo gol como tomamos. Foi um chutão, um descuido, que não podia acontecer”, analisou Mano.

Tamanha era a inoperância do Cruzeiro que o goleiro Marcelo Grohe pouco tocou na bola. Questionado se o time teria se desmotivado em algum momento da partida, Mano Menezes negou de maneira veemente e reforçou o revés em função da parte tática. “Futebol não se resume a vontade, senão seria muito fácil. Não faltou vontade ao Cruzeiro, mas sim falta de controle daquilo que queria. Se estou assumindo aqui que foram questões táticas, tem muito mais a ver com as escolhas do treinador”.

Ciente de que inverter o placar na quarta-feira que vem, às 21h45, na Arena do Grêmio, é tarefa extremamente complicada, Mano espera que o Cruzeiro ao menos faça em Porto Alegre o que não fez diante de seu torcedor em Belo Horizonte. “Claro que fica (frustração). Dói muito mais pelo fato de a equipe ter feito uma atuação tão abaixo. Perdemos em outras oportunidades jogando bem, mas hoje não conseguimos produzir. Queríamos oferecer mais ao torcedor, porém não conseguimos”, disse. “Claro que tem o jogo da volta, que está difícil pelas circunstâncias de ter deixado o adversário abrir vantagem. Mas temos que fazer em Porto Alegre o que não fizemos aqui”, acrescentou.

Antes de pensar no duelo de volta contra o Grêmio, o Cruzeiro jogará pelo Campeonato Brasileiro no sábado, às 16h30, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Em 13º lugar, com 41 pontos, o time celeste tentará se afastar ainda mais do risco de cair para a Série B.

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